A missão realizada nesta quarta-feira, que resgatou 26 brasileiros, quatro japoneses, seis bengaleses e um nepalês de áreas afetadas pelo terremoto e tsunami no Japão, deve continuar agora pelas regiões de Sendai e Fukushima em busca de outros 15 brasileiros que não foram localizados ou não puderam ser trazidos, segundo informações divulgadas pelo cônsul brasileiro no Japão, Antonio Carlos Coelho da Rocha, e o empresário que comandou a operação, Walter Saito, em entrevista ao "G1".
Não há informações se algum desses brasileiros já teria conseguido deixar o local por conta própria. Além disso, Saito declarou que talvez não comande uma nova operação nesta semana, a pedido do consulado.
Dois ônibus com 28 lugares, um caminhão com mantimentos e um carro de apoio retornaram de Sendai, Fukushima e Koriyama com 37 pessoas, sendo 26 brasileiros. A viagem durou 24 horas e terminou em Kamisato, na região de Tóquio. Saito conta que a maioria dos resgatados seguiram para outras regiões do Japão, e apenas nove estão hospedados em apartamentos na cidade, que são pagos pelo consulado. O cônsul não confirmou a data para uma nova operação.
Segundo o empresário, os brasileiros se mostram bastante assustados e com muito medo que um colapso nuclear aconteça a partir da usina de Fukushima e contamine a todos. Ele próprio admitiu receio da crise atômica que ameaça o Japão, apesar de ter aceitado a missão no território devastado. "Claro que tenho muito medo de contaminação radioativa. Cheguei até a estocar alimento em casa. Mas pensei duas vezes e aceitei essa missão, porque as pessoas contavam com a gente. Pensei nas crianças que precisavam de ajuda e decidi dar a minha contribuição", contou.
Saito esteve em Sendai, uma das cidades mais afetadas pelo tsunami que se seguiu ao terremoto, para apanhar um grupo de brasileiros em frente à rodoviária. Depois, seguiu para Fukushima, onde fica a usina nuclear avariada, e seguiu para Koriyama. "O pessoal de Fukushima me ligou desesperado, querendo deixar a cidade logo", revelou.
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